Por mais voltas que possamos dar ao pensamento e às conversas, o que esperamos todas na vida é sermos felizes. E a felicidade pode ser definida (pode?) e sentida de muitas formas.
Para mim, a felicidade não é um traço de personalidade, não é nada definitivo, é uma construção permanente que às vezes resulta, que às vezes dura dias, outras vezes minutos.
O que somos no intervalo em que não nos sentimos felizes? Não sei. Não somos necessariamente infelizes só porque não estamos felizes. Diria que há um estado de existência ameno, em que não somos, nem deixamos de ser, passa-se o tempo e nós por ali andamos.
E depois há o dia em que nos tornamos mães.
Baralha-se tudo outra vez.
Não se passa a viver num estado crónico de felicidade, não. Mas ganha-se uma capacidade imediata de relativizar o universo, de relativizar os estados de existência amenos. Ganham-se novos materiais de construção e novos braços para pegar na pá.
E tornamo-nos esponjas de sorrisos com dentinhos de vários tamanhos, esponjas de gargalhadas inocentes acompanhadas de palminhas descompassadas, esponjas de beijinhos doces mandados em mãozinhas XS. Derretem-se os filtros e, sem mais, nem menos, somos felizes.
Aqui no blogue, ainda não tinha tido oportunidade de celebrar o primeiro aniversário de quem me provou que a felicidade, às vezes, pode ser objectiva. E ter nome.
Mel.
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