Experiências novas. Gosto. E preciso.
Quis a sorte premiar-me com um pack de três consultas de nutrição. "Olha que bem, hein?! O próprio destino a enviar-me indirectas!", pensei eu. Verdade admitida: preciso de perder o (pouco) peso que me restou da gravidez e já percebi que isso não vai acontecer com a indolência e a anarquia alimentar que têm caracterizado os meus dias.
Sempre pensei que voltava a fazer exercício físico e, com o embalo, ajustava a alimentação. Mas será ao contrário, porque a sorte, lá está, premiou-me com conselhos de nutrição. E porque é mais fácil alterar a alimentação do que deixar a bebé umas horas e sair de casa.
Uma coisa de cada vez? Uma coisa de cada vez.
Quis a dietista Tânia Camões, parceira da Mais Vida Gestantes, saber quem cozinha, como se come cá em casa, em quanto tempo se come, que espaço ocupam os legumes, a carne e o peixe no prato... Eu sabia que uma consulta deste género ia tocar em feridas!
O veredito? Foi aguado! Chá! Chá!
E o que eu (não) gosto de chá! Ui, ui... Quatro chávenas de água quentinha por dia? Sim senhora, podia ser bem pior o "castigo". Podia ser chá sem açucar, por exemplo! Ai é isso mesmo, sem açucar? Glup. Sim senhora, assim será. Podia ser pior. Podia ser chá de ameixa seca, por exemplo. Ai, também é para beber isso pela manhã, morninho? Glup. Sim senhora. E sem açucar, pois.
Verdade seja dita, não há-de ser assim tão mau.
A juntar aos líquidos, as fibras. Agora é que eu vou estar na moda também. Sementes de linhaça na sopa? Sim senhora, assim será. Sopa duas vezes por dia, consegue? Vou conseguir... Assim consiga eu ter tempo para as fazer :)
Podia ser pior, certo? Podia, por exemplo, sugerir-me não pôr a manteiga na torrada!
Ai... é para cortar com a dita cuja? Ao pequeno-almoço só..? E também ao lanche! Hum...
Sim senhora! Sobreviverei, tenho a certeza.
Mas... A altura do ano é ingrata para ajustar a dieta!!! Concordámos.
E ia jurar que, enquanto conversávamos, o cheiro a rabanadas e sonhos foi-se intensificando.
Arranjámos um compromisso (é sempre possível, eu sabia!). O Natal vai poder apoderar-se de mim à mesa, mas com algumas alterações, face a anos anteriores:
1. O prato da sobremesa vai levar um bocadinho de cada doce e não será recarregado!
2. Pasme-se! Posso comer tronco de Natal ao pequeno almoço! Yupiiii. Foi uma negociação perfeita esta! Nada como uma dietista sensível à quadra natalícia :)
3. Posso deliciar-me com o bacalhau espiritual, os sonhos de abóbora e tal, mas não devo levar a marmita dos restos para casa... Opá... Não sei, não sei... dá-me tanto jeito largar a cozinha uns dias...
Um, dois, três. O combate começou.
No final de Janeiro conversamos.
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