terça-feira, 6 de maio de 2014

Um sobrinho, dois sobrinhos


Talvez uma das coisas mais fantásticas do corpo humano seja a capacidade de gerar e desenvolver sentimentos. E se eles têm o motor no coração, como dizem, é então admirável a capacidade que ele tem de se encher e de se esticar.
Já pensaram nisto?

Uma das alturas em que o coração estica é quando a família cresce. Nascer mais alguém que pertence à família e, portanto, também um bocadinho a nós próprios é, lá está, fascinante.
Agora mesmo (daqui a bocado, daqui a umas horas...), está um bocadinho da minha irmã reinventado a pisar o mundo pela primeira vez. Uma extensão dela, ali, em forma de bebé, de gentinha pequenina. E, portanto, sinto-me a esticar, a esticar... Não dói, só é profundo e intenso. Há sempre elasticidade infinita para abraçar mais alguém na nossa vida. Ainda para mais, quando esse alguém é um pedacinho da minha irmã e um pedacinho do meu sobrinho, de agora em diante o mais velhinho. E, portanto, também é um pedacinho meu. E o diminuitivo aqui não serve para diminuir absolutamente nada. É tudo muito grande no dia em que a família cresce.

A esperança é grande.
Bem-vindo pedacinho de gente tão grande, senta-te aqui no meu abraço.
Imagino-te como o teu mano, perfeito.



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