segunda-feira, 22 de abril de 2013

As diferenças entre o campo e a cidade

Achei que podia aproveitar o mini "exílio" na terra, para fazer a ecografia do segundo trimestre ao pé da mãe e do pai. "Por que não? Olha que giro!", pensei eu. Comecei a fazer perguntas às amigas. "Onde é que se fazem ecos com acordo com o SNS aí?". E as respostas foram vagas. "Hum, tenta aqui ou ali, não sei... eu fazia em Setúbal por isto e aquilo... Eu fiz sempre em Lisboa porque o médico aconselhava e não confia nos daqui... Eu fiz no hospital...". Bem, pus-me ao telefone, convencida de que haveria de descobrir onde fazem as ecos com acordo com o público mas ciente de que deveria ser difícil marcar uma para breve...

Enganei-me! Numa extensão de, pelo menos, três concelhos - Sines, Santiago e Grândola - o único sítio onde é possível a uma grávida fazer uma eco obstétrica (utilizando a credencial do SNS) é no Hospital Litoral Alentejano. E não é para todas, uma vez que só os centros de saúde de referência podem marcar as ecografias para as suas utentes, logo... as grávidas "de fora" tirem o cavalinho da chuva, certo?

As diferenças do "campo" para a "cidade", do Alentejo para a zona da Grande Lisboa, do sul para o centro... nalguns sectores, ainda é bem grande. E eu, "emigrada" há tão pouco tempo na "cidade", comparando com a vida inteira em que vivi neste meu Alentejo, armada em esperta, a pensar que assim, do nada, e só porque é giro, só porque estou grávida e só porque está na altura de fazer a ecografia do segundo trimestre, que chegava aqui e pumba... ecografia com elas! Nããão! A "interioridade" ainda tem as suas limitações, esqueceste-te, menina? "Esqueci, sim".

Ainda assim, e como, de facto, tenho tudo à mão de semear no sítio onde hoje moro, não estou preocupada. O meu Alentejo continua a ser um encanto, só não é belo é nestas coisas do acesso à saúde da grávida, pelo menos, no que toca à proximidade e na possibilidade de escolha...
 
Consequências da interioridade, lá está...

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