terça-feira, 30 de abril de 2013

Extensor nas calças: foi bom...


Nas várias pesquisas que fiz  de soluções para aguentar as roupas normais nestes tempos de barriguda, dei com várias hipóteses de extensores aplicáveis nas calças, nomeadamente, as de ganga. Mas não os encontrei à venda, pelo menos, nos circuitos por onde andei! Extensores de soutiens ainda a Pré-Natal tem, agora para as calças? Será que é porque gostam mais de vender mesmo as calças por completo!?

Bem, com as imagens que seleccionei da Internet - noutros países parece que é bem comum, apesar de não serem baratos -, e com a habilidade da minha sogra, lá surgiu este extensor! Basicamente, uma banda de elástico ajustável em várias casas, que se prende na casa e no botão das calças, e, por sinal, bastante fácil de encontrar nas retrosarias. Depois, um acrescento de ganga por dentro para evitar que a parte do fecho que já não aperta, fique sem "cobertura" :)

Com camisolas por cima, foi uma solução que resultou muito bem até há coisa de uns dias... altura em que a barriga resolveu crescer, crescer... Agora, novas soluções virão. Em último caso, guardo-as com a esperança de as conseguir vestir novamente... Quatro meses depois do parto!? Pode ser? Estou a ser optimista demais? :)




segunda-feira, 29 de abril de 2013


Esta fralda tem uma história.
Quando soube que ia ter uma menina, quis correr às lojas para comprar o vestido especial, o primeiro que os pais iam comprar, aquele que depois se exibe vezes sem conta a quem visita o futuro quarto da bebé e a quem, orgulhosamente, se anuncia: "Este foi o primeiro vestido que comprámos, assim que soubemos que era um menina!".
Bem, mas em relação à fralda, a coisa não se passou da mesma maneira. Já tinha visto esta fralda da Chica Melancia (https://www.facebook.com/ChicaMelancia) e fiquei embeiçada. Mas, claro está, se fosse menino, o passarinho cor-de-rosa tornava-se, digamos, incómodo!
Recebida a notícia, não hesitei e tratei então de a encomendar! E aguardei, serenamente, claro está...
Eis que chego a casa depois das merecidas férias e dou com o vale dos CTT, endereçado à digníssima... Anita Barriguda! Primeiro achei graça, depois fiquei meio receosa... Como é que eu provo que a Anita Barriguda sou eu, esta mesmo, deste BI que indica uma Ana e não uma Anita, que tem cara de menina inocente, até campónia, e não de uma barriguda!?
Até ao último momento, dava-me para rir e para me preocupar, afinal de contas, já tinha pago os portes uma vez, não me apetecia pagar outra!
Bem, assim que a funcionária leu o nome da destinatária, despejei a história que já tinha ensaiado acerca do nome e daquela cisrcunstância, sempre com o meu sorriso e procurando a cumplicidade feminina.
Conseguimos! :) Havemos fralda! Claro que recebi a advertência em tom simpático: "E veja lá é se da próxima vez, a brincadeira, é feita de outra maneira!". Anui, que remédio, tinha toda a razão! Já de saída, pergunta-me: "Então e está de quanto tempo?". Ora aí está o que interessa a duas mulheres! "Estou precisamente a meio". "E quando deixar de estar barriguda, o que a vão chamar?". Sorri. "Voltam a chamar-me pelo nome" :)

Esta história fica para história. Até porque não se vai repetir :)


sexta-feira, 26 de abril de 2013

A METADE que já passou



Está na altura de preencher mais um inquérito com as perguntas que a minha bebé nunca vai fazer.
Chegamos hoje às 20 semanas de desenvolvimento, qualquer coisa como a metade da gravidez. Já? E agora? Como faço para passar outra segunda metade, ou seja, quero que seja rápida para chegar aos dias das ecografias e do parto, mas devagar para poder disfrutar bem deste estado maravilhoso que é ter uma vida a crescer dentro da barriga.

Vamos ás perguntas, então.

"Mãe, o que é sentias às 20 semanas de gravidez?"

"O que é que foi mais importante nesta primeira metade?"
O mais importante foi ter chegado até aqui, saudável. Parece conversa de mãe e é :) Estar grávida é ter um objectivo maior que nunca se esgota e que se renova a cada dia e que, às vezes, até se divide em partes do dia. O tempo adquire uma nova expressão e com ela redefinem-se maneiras de sentir, de estar e de encarar as pequenas e grandes coisas, sendo que as pequenas tornam-se, subitamente, grandes.
 
 
"Pois, está bem. Mas, menos filosoficamente, falando, quero saber de marcos nestas primeiras 20..."
A ecografia das 12 semanas foi, sem dúvida, muito importante. A partir dali passou ser mais real, confirmámos que havia mesmo uma coisa já a tomar forma de gente aqui dentro a crescer, como era suposto. A partir dali, a gravidez começou a deixar de ser um exclusivo dos pais (bom, e da G.) para ser da família e amigos, e isso, dá outra dimensão à gravidez e aos dias.
Depois, a ecografia dos "três tracinhos" :) "Está a ver estes três tracinhos? É um pipi!", disse a médica. "Bem, se a doutora diz, eu acredito", e sorri. Que felicidade imensa. Os meus olhos brilharam como já nem me lembrava que podiam brilhar. Uma menina.
 
"E o que é que correu menos bem?"
Bem, dentro dos incómodos normais e possíveis de uma gravidez, senti, até hoje, cerca de 5 por cento!??! Não me posso queixar muito! Até ao dia de hoje conto com uma gastrite no currículo (que não decorreu directamente da gravidez, acho eu) e as chatices, essas sim, de uns intestinos chatos como tudo. De resto, tudo calminho!
 
"Nesta altura, quais eram os primeiro medos?"
O principal, o grande, manteve-se: algo não correr bem aí dentro e eu não me aperceber ou já só me aperceber tempos depois. É um medo recorrente, por vezes, diário, não há volta a dar. Mesmo que o efeito calmante de uma ecografia ainda esteja fresco, há dias em que as pequenas mudanças do corpo inquietam.
Nesta altura, também já começo a pensar, a espaços, no parto: onde vai ser, como e quanto tempo vai durar... Aulas de preparação para o parto? Onde, valerá a pena?
 
"O que é mais te surpreendeu até agora?"
Bem, uma das coisas mais surpreendente é o crescimento da barriga. Até às 17 semanas, mais coisa menos coisa, não se notava uma barriga de grávida, só com a nossa boa vontade e dos que sabiam e queriam ser solidários! A partir daí, começou-se esboçar um altito, ainda assim, passível de ser confundido com uma gordurita a mais. Depois, às 19 semanas, veio a gastrite e puffff... é que quase ficava lisa! E de repente, já com as refeições no "lugar" e os ares do Alentejo... Cresceu A BARRIGA, redondinha como pedem as meninas. Agora olho para esta barriga e até fico meio assustada, já não posso mesmo ignorá-la, está crescida, será que ainda estica muito mais? E a pelo aguenta? Vou meter masi creme! :P
 
"E quando é que começaste a sentir os meus 'alôs'?"
Não sei mesmo. Hoje já sou capaz de dizer que a pressão que sinto aqui ou ali, és tu. Mas até há pouco tempo duvidava porque nunca senti nada semelhante a borboletinhas, cócegas ou minhocas... o que sempre senti é um género de pontapés! E é isso que continuo a sentir. E, sim, és tu, porque eu sei :) E gosto, é quase como se fosse uma ecografia caseira e involuntária!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Jorge Amado

Acabei ontem o livro "Capitães da Areia", de um dos escritores que mais gosto e que descobri há tão pouco tempo, o Jorge Amado. Que pena ter-te descoberto quando já morreste, pensei eu, quandi li o "Mar Morto" há uns meses... Acho que, no fundo, apesar de saber que não acontece, guardo aquela esperança de um dia estar a conversar com os meus autores predilectos, de ficarmos até amigos e de nos perdermos em conversas longas sobre a vida e a escrita, sobre as personagens dos seus livros... Depois, quando percebo que alguns já cá não estão, fico com aquela sensação de ter chegado tarde ao seu universo, mas com a vontade de mergulhar na sua obra e devorá-la ao longo dos anos como que a cimentar uma relação que já não vai poder passar das leituras... Afinal, de contas, o mesmo que acontece com os autores vivos! :)

O Jorge Amado é imenso. É um universo maravilhoso, que me aproxima do Brasil, de que já gosto tanto, daquelas pessoas e das gentes comuns, pobres, ligadas ao mar. Agora farei, como sempre, aquele  luto de alguns dias  que sempre acontece quando gosto de um livro e depois, começo outro, de outro autor. Mas ainda este ano, espero voltar a Jorge Amado, para me perder nesta escrita tão crua, tão simples mas tão profunda.

Será que vou conseguir arranjar tempo na minha nova vida para ler coisas de adultos? Para me "exilar" no mundo literário? Para dar prioridade à leitura no meio de tanta coisa nova e absorvente!? Espero mesmo que sim. E ainda bem que deixo aqui escrito! :) Entretanto, lembrei-me: vou ver onde anda "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", para colocar numa prateleira do quarto da bebé, que ela merece coisas boas desde cedo. E se há coisas que "passam no sangue", espero que o gosto dos pais pela leitura, seja uma delas! E se não passar pelo sangue, que passe pelos estímulos que lhe havemos de dar ao longo da vida. Lembro-me muito bem do meu pai, quando era pequenina, na cama, antes de dormir, agarrado a um livro, ou na praia, ou no sofá da sala... E lá por casa, o que não faltam são livros, só falta agora começar a recuperar os infantis que andam espalhados por baús ou em prateleiras esquecidos, e comprar outros tantos... Cheios de ilustrações, que eu adoro bonecada! :)

Ontem foi o Dia Mundial do Livro.


segunda-feira, 22 de abril de 2013

As diferenças entre o campo e a cidade

Achei que podia aproveitar o mini "exílio" na terra, para fazer a ecografia do segundo trimestre ao pé da mãe e do pai. "Por que não? Olha que giro!", pensei eu. Comecei a fazer perguntas às amigas. "Onde é que se fazem ecos com acordo com o SNS aí?". E as respostas foram vagas. "Hum, tenta aqui ou ali, não sei... eu fazia em Setúbal por isto e aquilo... Eu fiz sempre em Lisboa porque o médico aconselhava e não confia nos daqui... Eu fiz no hospital...". Bem, pus-me ao telefone, convencida de que haveria de descobrir onde fazem as ecos com acordo com o público mas ciente de que deveria ser difícil marcar uma para breve...

Enganei-me! Numa extensão de, pelo menos, três concelhos - Sines, Santiago e Grândola - o único sítio onde é possível a uma grávida fazer uma eco obstétrica (utilizando a credencial do SNS) é no Hospital Litoral Alentejano. E não é para todas, uma vez que só os centros de saúde de referência podem marcar as ecografias para as suas utentes, logo... as grávidas "de fora" tirem o cavalinho da chuva, certo?

As diferenças do "campo" para a "cidade", do Alentejo para a zona da Grande Lisboa, do sul para o centro... nalguns sectores, ainda é bem grande. E eu, "emigrada" há tão pouco tempo na "cidade", comparando com a vida inteira em que vivi neste meu Alentejo, armada em esperta, a pensar que assim, do nada, e só porque é giro, só porque estou grávida e só porque está na altura de fazer a ecografia do segundo trimestre, que chegava aqui e pumba... ecografia com elas! Nããão! A "interioridade" ainda tem as suas limitações, esqueceste-te, menina? "Esqueci, sim".

Ainda assim, e como, de facto, tenho tudo à mão de semear no sítio onde hoje moro, não estou preocupada. O meu Alentejo continua a ser um encanto, só não é belo é nestas coisas do acesso à saúde da grávida, pelo menos, no que toca à proximidade e na possibilidade de escolha...
 
Consequências da interioridade, lá está...

Estas cores, este cheiro

 
Às vezes, é preciso não estar presente todos os dias para conseguir olhar e ver.
E sentir assim.
 


sexta-feira, 19 de abril de 2013

A primeira roupa

Quando soube que era menina? O meu universo ficou pink. Folhos pink, laços pink, golinhas pink, saias pink... Vestidos, oh god, vestidos... Pink. Corri (antes tivesse sido a correr, do que de carro, de facto!) para o centro comercial, que é o mais prático e rápido para quem tem fúrias e procurei, procurei pelo vestido, mas só encontrei peças demasiado frescas, ou adequadas para cerimónias, ou absurdamente caras ou, simplesmente, que não gostava. 

Eis que a Zara Kids, na secção Baby, salvou-me a tarde :) Simples, cor-de-rosa, mas lindo. 
Os gorrinhos são da H&M. E a roca, já é presente da avó, mas este e outros mimos, ficam para outro post!

Declaro, então, que esta é a primeira roupinha da bebé comprada pelos pais! Ok, B. tu não estavas mas eu não resisti, tinha mesmo que a trazer... E já sabia que ias gostar. É ou não é? :)



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Quanto custa essa barriga?


Quanto custa, afinal, estar grávida?

Não sendo eu uma grávida de "serviços mínimos", como já disse, mas tendo que fazer um esforço orçamental para suportar os custos inerentes ao novo estado e à nova vida, faço contas. Aponto, guardo papelinhos, faço tabelas, eu sei lá... 

E como em tantas outras coisas, apercebo-me que é sempre possível fazer a "coisa" por menos, raspar até ao fundo do tacho. Na minha lista de despesas, a grande fatia relaciona-se com consultas e exames feitos no privado, que poderiam ser feitos gratuitamente no público - felizmente, e por enquanto! Excepção feita para o rastreio bioquímico que, entenderam os especialistas, não é assim tão, tão indispensável, lá porque despista três tipos de trissomias, calma lá....

Em termos de medicação, a coisa também se faz com relativo desafogo, não fossem os medicamentos para os intestinos serem tão caros e uma médica ter-se lembrado de me receitar uma espécie de gomas (naturais e óptimas para grávidas!!!), desprovidas de efeitos práticos e de qualquer comparticipação. Portanto, uma grávida que precise mesmo de impulsionar os seus intestinos, é melhor optar por fibras alimentares puras!

Quanto aos cremes, tenho feito a coisa "rasteirinha", mas não posso ignorar a necessidade de hidratar especialmente a pele.

Na "secção" roupas e acessórios para o bebé é que tenho realmente sido exemplar, pelo menos, muito mais contida do que pensei algum dia ser! Ainda assim, ainda é cedo para deitar foguetes, eu sei! Os melhores tempos para as compras estão aí à porta, o rosa pisca-me o olho, os saldos, as feiras dos bebés, assim como a decoração do quarto, as fraldas, as toalhitas. Deixa, deixa... :)


Teste de gravidez.........................................................9 euros

Medicamentos.......... Ferro e ácido fólico .................. 3,42 euros
                               Outras maleitas associadas :) .... 30,29 euros

Consultas de ginecologia obstetrícia (privado)..............37,5 euros
Ecografias e rastreios (privado)...................................63,80 euros

Roupa de grávida.......................................................22,98 euros
Cremes e outros produtos específicos para grávida.... 14,07 euros
Roupa e outros acessórios para o bebé.......................46 euros
Outras coisas para o bebé.......................................... 0 euros!

18 semanas # 227,06€

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Ai que a barriga desaparece!


Há anos que a "coisa" não se dava... Pois, foi agora, está certo, só para não poder dizer que não vomitei durante a gravidez... será?
A festinha de aniversário da avó, que comemorou os seus 87 anos, correu bem, mas... aparentemente algo não estava assim tão "apetitoso" para o meu estômago e o do B., os únicos em dez pessoas a ficar com uma gastrite!

E, se duvido que haja uma mulher que não tenha visto o lado positivo da "coisa" - ficar com uma barriga lisa-   em tempos ditos normais, quando se está grávida, a preocupação é, precisamente, a inversa: "Ai que se me vai a barriga embora!!! :) Não foi, mas quase! Estou quase, quase, a meio da gravidez e olhem só para esta barriga! O regozijo de algumas, a inquietação de outras... 
E não admito críticas masculinas, só de quem está, ou já esteve grávida :)


Agora, a parte informativa e útil:
Tal como numa série de outras "maleitas", as grávidas também não devem fazer qualquer medicação para aliviar os sintomas, apenas seguir uma dieta rigorosa (sem gorduras, café, legumes, lacticínios, etc) hidratar a vigiar alguns sintomas anormais que possam surgir em consequência do problema, tais como dores de barriga fortes ou endurecimento de algumas zonas, perda de líquido (corrimento) em grande quantidades ou surgimento de manchas vermelhas. 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A crise e a gravidez


Acho útil saber quanto custa a  vida que escolhemos e que podemos levar. Já há muito tempo que faço uma relação das receitas e despesas cá de casa, por "departamentos", para nos podermos orientar melhor. E sei bem que, se o compromisso for sério e rigoroso, ver em tabelas aquilo que gastamos pode ser altamente... desesperante, incentivador, frustrante, entusiasmante, disciplinador,  revelador... e por aí, depende, essencialmente do número que se consegue obter entre o dever e o haver no final do mês! :)

Quanto custa uma gravidez?
É variável, como é óbvio. Por mais que nos possamos guiar por despesas mínimas previsíveis, tudo tem os seus quês...

Tenho a noção de que, mesmo vivendo tempos tão difíceis, mesmo fazendo tanta ginástica mental, emocional e orçamental, não sou uma grávida em "serviços mínimos". Felizmente, estou a conseguir ser seguida em termos de saúde de uma forma que me tranquiliza bastante, combinando o SNS com o privado. Nas outras vertentes, bem, nada de excessos  mas... Também não preciso de muito tempo para perceber que ainda não batemos no fundo, como tantas famílias. Basta pensar que ainda ontem estivemos a pensar na cómoda e nos candeeiros que vamos comprar para o quarto de bebé, na cadeira que vamos restaurar, no vestido rosa e na chucha a condizer...

Se é verdade que se os tempos fossem outros, provavelmente, já teríamos gasto o dobro, com tudo e com nada? É muito possível. Mas se seria melhor? Não! Disparate :)

Costumo dizer muitas vezes, porque acredito nisto: quando acabar a crise, ou desatamos a consumir que nem uns loucos - síndrome das saudades acumuladas -, ou aprendemos a lição e vamos conseguir mesmo ter um nível de vida muito melhor como resultado da disciplina higiénica a que nos obrigaram a seguir no nosso país.


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Pink world

Estava preparada para escrever um post grande, mas, de repente, faz tanto sentido dizer só isto...

Há muito tempo que não me olhava ao espelho e via uns olhos tão brilhantes como vi hoje.


Esta é a cara de uma mulher que sabe que tem outra a crescer dentro dela.
Pink world is coming and I'm so happy.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Este post sai-me caro



Podia fazer um post a dizer: Ok, já renovei o Barral, as estrias que invertam a marcha e rumem a outra barriguda!

Mas, ponho-me a pensar e depois dá nisto.

Só para mim, em tempos "normais", estão "afectados" de forma permanente quatro hidratantes!

É o anti-rugas da Neostrata, "que é caro, mas muito bom, muito eficaz". Digam o que disserem, só vou saber se é muito bom, daqui a uns anos quando elas aparecerem, e ainda assim, nunca vou poder dizer se não tenho mais porque usei o creme ou se, por outro lado, lamentar-me porque tenho aquelas todas e comecei a precaver-me desde cedo...

O creme desmaquilhante da Garnier, do supermercado, "que convém sempre porque os do corpo são mais gordurosos e a cara exige um mais equilibrado e dormir pintada é como dormir calçada....". Ok, seja, também me maquilho muito pouco nos últimos anos, acaba por durar um ano inteiro!

O creme hidratante para o corpo, quase sempre da Nivea, mas se houver uma promoção interessante de outra marca "mais ou menos", também o substituo. Gosto de usar, hidrata sim senhora, tem um bom cheirinho e é necessário, sem dúvida!

O óleo Johnson, para depois do banho. Muito usado para quando não apetece perder tempo a pôr o creme hidratante, "mas atenção só hidrata superficialmente, não é igual a um creme". No Verão, faço loucuras, e chego a por o óleo e depois o creme hidratante! O sol é assim, extravagante!

E desde que se avizinham tempos de expansão na zona abdominal... O Barral, Creme Gordo, Com Óleo de Amêndoas Doces, que eu não sou para brincadeiras. Por aí, na Internet, há quem garanta que quem tem tendências para estrias, esqueça o poder dos cremes, que elas aparecem de qualquer maneira. Outros há que garantem (especialmente as marcas!) que se houver cuidado desde o início, tudo escapa incólume :) Curiosamente, as minhas médicas, é que "nem ai, nem ui". Malandras, não vão à praia comigo e nem se lembram disso, nao é? :)

Feitas as continhas assim por alto, este post de cremes, encerra aqui à volta de 55 euros. Sociedade moderna (será!?). Gostava que aparecesse no meu blogue uma mulher de um país do Terceiro Mundo para me contar quanto gasta ela nestas "necessidades prementes". Por acaso gostava....





sexta-feira, 5 de abril de 2013

Pedro Bala, estou a caminho

Esta coisa de estar grávida e desempregada (ambos estados passageiros? duvido da efemeridade do segundo e não vale a pena contrariarem-me, já sou dona e senhora deste estado!) pode resultar em coisas boas. Ou menos boas.
Sabe bem andar mergulhada neste universo, onde existo eu, o B. e uma barriga com uma pessoa a crescer lá dentro, uma família a compor-se, um sonho a concretizar-se, uma sensação de "vida para frente, eu quero, posso e mando no meu destino, havia dúvidas?". Mas, como em todos os mergulhos, tenho que vir ao de cima, de vez em quando, para respirar, não é? E nesse compasso encontro-me com o resto do mundo, o real, dos "crescidos" não grávidos, que me lembra que os problemas cá continuam praticamente todos.

E nisto sinto vontade de viajar. O tal exílio bom que sempre me passa pela cabeça e que quando se concretiza, ui... E sinto vontade de me encontrar por aí, ou que alguém me encontre e me ponha no caminho  (como se existisse!) que faz as coisas andarem outra vez. Como em tempos...E sinto vontade de (me) emigrar. De mudar não sei bem o quê, ou de ficar quieta, contando que quase tudo o que tem que mudar, muda. Mesmo que seja eu! Mesmo que seja eu.

Há bocado telefonaram-me. Olho para o écran, e o número parece-me algo familiar mas a rapidez da acção não dá para mais. "Bom-dia, fala do Diário de Notícias, este número é do jornalista xxxx Rito?", perguntam-me, adivinhando a resposta. "Bom-dia, pois este número não é dele, é da Ana M.. Já trabalhei com vocês mas devem ter trocado o contacto", respondo. "Pois é, Ana. Sendo assim, obrigada e bom-dia".
Fiquei a pensar na pessoa que me telefonou, e na pessoa que já lá trabalhou há uns anos e que identificava de imediato aquele número. E nos anos que passaram. E não é preciso mais.

Decidi, entretanto, que esta tarde vou subir do mergulho mais cedo. E vou-me manter no mundo dos crescidos, no real, mais horas.
...Mas também não sou masoquista.  Vou ter com o Sem-Pernas, com o Pedro Bala e os meninos delinquentes todos de Salvador da Bahia. Descobri-te tarde Jorge Amado, mas o que interessa é que descobri! Vou, portanto, emigrar (me), por uns momentos que seja.
Bom fim-de-semana!


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Hidratar é a palavra de ordem! Desde muito cedo que tomo cuidados extra com a zona da barriga, mas sei que já é mais que altura de dobrar os cuidados e ainda não o fiz! Shame on me! Ainda continuo a pôr creme dia-sim-dia-não! Sim, tenho que passar isto a diário! "E a duas vezes por dia", gritam-me vozes do além...
Brevemente vozes, brevemente...
Acontece que o creme Barral está a acabar...



As calças estão a ficar chatas


Nem tudo é assunto apetecível para uma futura mãe. As roupas de grávida, por exemplo? Não estou muito interessada em perder tempo com isso, para já. Bem, não estava, porque chegou a altura.
As calças de ganga já se tornam verdadeiramente chatas. Descaídas, quase todas apertam na zona onde o bebé andará a passar os seus dias. E, por isso, estão-se a tornar incomodativas.
Esperava que quando chegasse esta altura já estivesse aquele solinho bom para vestidos, leggins com túnicas e coisas assim do género. Mas não, não é? Não mesmo. Portanto, como ainda resisto a comprar calças de grávida, vou ver se adapto as "normais", até ao dia... :)
Há soluções bem giras, com rendinhas, cheias de cores, será que arranjo alguma coisa para mim, algures?



terça-feira, 2 de abril de 2013

O meu Alentejo




O meu alentejo tem campo e tem mar...

"Vou à terra, boa páscoa para vocês!"

Esta coisa da terra, de ir à terra, do regresso às origens... faz sentido, quando a terra vale a pena, quando as pessoas valem a pena, quando as rotinas ainda lá estão e nos sabem bem e quando a novidade ainda consegue aparecer. Nem sempre se sente tudo de uma só vez num "regresso", mas, alguma destas coisas tem que imperar.

Não é mito, ali a meio caminho, na zona de Grândola, já o cheiro é diferente. O ar é mais ar, as flores são mais floridas, a terra tem mais cor de terra, as nuvens são mais nuvens, mesmo quando estão cinzentonas, como foi o caso desta Páscoa.

Depois, chego a Santo André, e os canteiros têm relva, têm floritas e árvores e arbustos, e cascas de pinheiro castanhas, que intercalam com pedras brancas a decorar, e bancos novos e, agora, até ciclovias.
Subo a rua e vejo muros pretos que eram brancos, telhas a precisar de limpeza, portões que se abrem para a família entrar, carros estacionados nos passeios, vejo-me ali há tantos anos, vejo-me a viver ali, vejo-me a regressar.

Também a minha casa (é sempre a minha casa, a-ca-sa-dos-meus-pais parece que fica incompleto!) tem o cheiro de família e das meninas que cresceram ali, e dos amigos e familiares que partilharam brincadeiras, a adolescência, e que um dia também foram parar a outras bandas.  Ali, estou em casa, com os pinheiros que me dão alergia, pinhas para o forno a lenha que já não existe, caruma para fazer trampolins improvisados de onde saiam corajosos flique-flaques!

Tenho praia, tenho campo. Passeamos, interrompidos por um carro... e outro, tempos depois. Já deu para correr, ver as vacas e os bois, os cavalos, os montes verdejantes, apanhar flores a pedido da criança, guardar pinhas e outras coisitas no bolso, para deitar fora quando a dita não estiver para ali sintonizada.
Quando chegamos ao mar, é tempo de ficar calada.  O mar também é meu. Aquele mar também é meu, que raio, algum direito se adquire quando se viveu tanto naquela paisagem! Aquele mar também é meu, assim como aquela areia grossa, o passadiço de madeira, as azedas e as lagoas...

Em casa, à volta da mesa, cotovelo com cotovelo (a família ficou grande!), custa a acreditar que alguma vez saímos dali. Estamos sempre a comer? Se calhar estamos. Brincamos com a variedade de coisas que por ali aparecem. Mimos dos pais que fazem de cada visita um momento de saudade. Fiambre, paio, queijo de cabra, queijo fresco, o amanteigado de Seia, requeijão, doce, manteiga de vaca, manteiga de soja, manteiga de cabra, presunto, pão assim e assado, folares daqui  e dacolá, quadrados de limão, uma entrada nova para experimentarmos, o cabrito, claro, o ensopado, e a língua estufadas que as meninas andam sempre a pedir e depois a ver se ainda sobra para levarem para casa, as amêndoas de chocolate (já sabes que para mim é mal empregue terem amêndoas verdadeiras, que eu não as como!), os ovos gigantes para o menino, os outros que desapareceram misteriosamente, o geladinho pequenino que o avô (agora já não é só o meu pai!) arranjou para o menino, os gritinhos do sobrinho, que canta, que ri, que faz birrinha, que faz carinhas, que dá beijinho na barriga e põe o ouvido à escuta, que não quer dormir, mas que cai podre de cansado na cama...


De manhã, abro a portada para um novo dia, ali. Os pássaros cantam, e acho que ao mesmo tempo. Os pinheiros dançam com o vento e lançam aquele cheiro de casca molhada. Sinto o pólen nos meus olhos.
O pirralho já canta na cozinha. Tenho que ir!




segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vamos lá continuar, então!



Sempre gostei de escrever. Mas raramente em tom confessional, como aqui o faço. A gravidez, aliada ao tempo disponível (demasiado, demasiado) e a necessidade de partilhar (e na partilha abrir horizontes) fez nascer este blogue. Comecei os primeiros posts sem ter uma linha rígida do que daqui queria que resultasse. Decidi apenas que seria público, apesar de pessoal (ando a inovar, faz parte!), que aqui ia partilhar o que me apetecesse sobre a gravidez ou assuntos mais ao "lado", ao sabor dos meus apetites, sem obrigações (afinal, é pessoal, ou não!?). E depois o tempo, lá está, o tempo iria dizer-me se fazia sentido continuar e como.

Hoje que o blogue faz mais ou menos um mês, o contador diz-me que houve  mais de 1000 visualizações e fico contente, porque quando se torna um blogue público, é porque se quer companhia e eu tenho tido :) Tenho recebido muitos elogios dos amigos, família e até de pessoas que não sei quem são, mas que se tornaram parte da tal "companhia" que procurava. Tenho escrito, de forma, mais ou menos, disciplinada, e isso é qualquer coisa que... me faz (toda a) falta. Tenho conhecido pessoas novas, outros blogues, outras realidades.

Vou continuar. Porque vale a pena.
Obrigada a todas e a todos os que por aqui passam, me lêem e partilham as suas "coisas" :)