quarta-feira, 26 de março de 2014

Chora lá, vá



O choro do bebé é assunto polémico. Difícil para quem tem que lidar com ele, como é o meu caso neste exacto momento. Eu na sala, ela no quarto a chorar que nem uma doida. Isto depois de várias tentativas para a adormecer. Ora sozinha na cama, com a bonecada, com música, ora no colo, em silêncio, ou embalada com uma música que não me sai com energia, ora sentada ao meu colo, ora de barriga para baixo. Mudo a fralda. Tudo igual.

Chora como se houvesse alguma coisa mais que o sono a incomodar. Alguma coisa muito séria. Mesmo. Mas não há. A minha experiência de quase sete meses de mãe já me permitem conhecê-la ao ponto de achar, não com certeza absoluta (nunca as vou ter), mas com muita convicção, que está cheínhaaa de sono. Mas que se recusa a aceitá-lo.

Nestas alturas penso várias coisas. Até quando vai durar esta fase de adaptação dos sonos? Vou aguentar com a paciência exacta, na hora certa? Será que vai deixar de ser aquela bebé calminha que foi até hoje? O que é que mudou para ela, está, pura e simplesmente, a crescer e não sabe a quantas anda? 

E se já estivesse na creche, seria melhor para ela? Sei que uma birra destas numa creche é "resolvida" não com colo meiguinho e aflito, mas com espírito de resistência: a bebé na caminha, que lhe há-de dar o sono! Não acho mal, mas custa muito. O choro de um bebé é difícil de ouvir, o da nossa bebé dói.

Parou o choro. Só os soluços de uma hora de 'manif' se ouvem de tempos a tempos. Vou espreitar. Deve estar linda e serena, agora que já vincou posição. Agora que já me estrafegou por dentro.
Vou espreitar.




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