segunda-feira, 25 de março de 2013





"Mãe, quando eu tinha 15 semanas o que estavas a sentir?"

Ok, o meu filho nunca me vai fazer semelhante pergunta, mas acho importante registar, de quando em vez, alguns estados de alma, para memória futura. Costumava achar que as coisas importantes não se apagavam da memória, mas já percebi que nem sempre há relação directa, por isso...

Caro filho, eis as respostas à perguntas que, ou muito me engano, ou nunca me vais fazer!

MAE, EU COM...15 SEMANAS

Já sentias os meus "alôs" na barriga?
Não senhora. Às vezes olhava para a barriga e via algo a mexer, mas pensava que era coisa de coisa grávida ansiosa e desvalorizava. Que jeito, vejo e não sinto as tais borboletas, ou cócegas que as outras grávidas reportam?!? Ainda deve ser cedo para mim.

Andavas de barriga espetada, para toda a gente "me" ver e meter conversa contigo na rua?
Hum, não! A barriga por estes dias obedecia a um ciclo que me parecia estranho. De manhã, escondia-se e acordava lisinha. Para o lado da tarde, começava a ficar redonda e à noite então, assumia o desejado aspecto de GRÁVIDA (de poucos meses, mas sim, está grávida!). "Mas para onde vais tu à noite, caro bebé?", perguntava só para mim, para não parecer doida ou ignorante. Quando estiveres cá fora, temos que falar sobre estes horários!!!! :)

O que é gostavas mais nesta fase da gravidez?
A tranquilidade que se instalou, que contrastou com todo o primeiro trimestre. Voltei a ser eu, mais calma, mais zen, mais sorridente, mais confiante. A partilha com a família e os amigos deu também outra cor aos dias. A barriga, ainda que tímida, a  crescer de semana para semana. As roupinhas na loja e depois na gaveta do TEU quarto. Os planos. Todo o meu mundo a adaptar-se à tua presença. O meu blogue e a minha página facebook, para ti e para mim, e para o pai, e para os amigos e para todos os que juntaram.

E que medos é que pairavam aí nessa cabecinha por esta altura?
Bem, ainda que menos insistentes, os medos continuaram a existir. Sempre. Alguns acabaram, outros renovaram-se, outros apresentaram-se, pela primeira vez. O maior de todos era que tu deixasses de estar bem e não me dissesses nada (e as ecografias que nunca mais passam a ser diárias!). Era uma fase em que ainda não comunicávamos com estímulo/resposta, entendes? A barriga crescia, mas pouco. Não te sentia ainda. E o coração não se ouve (sem ser no pensamento) assim... Isto porque não tinha o Angel Sound :)




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